domingo, 9 de março de 2008

A Europa por Bill Bryson

«Aqui, contudo, a paisagem tinha a perfeição ordenada de uma maqueta de via férrea. Era tudo tão verde e minuciosamente cultivado, tão compacto tão arrumado, tão redutor, tão... tão europeu.»

«Os Franceses, por exemplo, não conseguem habituar-se a ordenarem-se numa fila. (...) Os Britânicos, por outro lado, não entendem alguns princípios básicos de como comer (...). Os Alemães ficam desconcertados com o sentido de humor, os Suíços não têm conceito de diversão, os Espanhóis pensam que não há nada de ridículo em jantar à meia-noite e os Italianos nunca, mas nunca deviam ter sido deixados partilhar da invenção do automóvel.

Já no século XVI, alguns viajantes descreviam os Italianos como tagarelas, indignos de confiança e irremediavelmente corruptos, os Alemães como glutões, os Suíços como irritantemente oficiosos e organizados, os Franceses como, bem... insuportavelmente Franceses.»

«Quase sem excepção, (as pessoas de Hamburgo) tinham uma aparência saudável e próspera, além de em muitos casos serem extraordinariamente bem parecidas. (...) Agora (...) mostravam-se em forma e bronzeados - mais que isso, cordiais e alegres. (...) Não se via aqui um sopro de arrogância, apenas uma uma confiança serena, claramente justificada pela riqueza material circundante. As pequenas dúvidas que todos tivemos quanto ao bom-senso de deixar os Alemães tornarem-se senhores da Europa evaporaram-se na luz do sol de Hamburgo.(...) Os Alemães estão a tornar-se os novos Americanos - ricos, ambiciosos, trabalhadores, votados à saúde, conscientes do seu lugar no mundo.»

«Nyhavn (Copenhaga) estava ocupada a todo o comprimento por mesas ao ar livre, com gente jovem, loura e bonita a beber, a comer e a gozar o tempo quente fora de época. (...) Todos, sem excepção, são joviais, acabadinhos de lavar, saudáveis e extremamente bem-parecidos. Em Copenhaga podem arranjar-se figurantes para um anúncio da Pepsi em 15 segundos. E todos parecem tão felizes.»

Stroget, a principal rua comercial de Copenhaga, significa lugar de passeio e é a mais extensa rua pedrestre do mundo: cinco ruas encadeadas por 2 kms. No entanto, «passada a zona intermediária, a rua deteriora-se rapidamente em lojas desleixadas de novidades, McDonalds, Burger Kings e outros templos iluminados da gordura

Estocolmo: «Sem dúvida que é uma cidade excepcionalmente bonita, ainda mais aquática que Veneza e com mais área ajardinada por habitante do que qualquer outra cidade da europa. Está construída sobre 14 ilhas, e a poucos kilómetros da cidade existem mais umas 25 mil, todas elas ponteadas por moradias para as quais a cidade escoa a sua população aos fins-de-semana.»

Roma: (...) era tudo o que Estocolmo não era - quente, soalheira, descontraída, animada, cheia de boa comida e bebidas baratas. (...) O país tem a estrutura de uma república das bananas e, contudo, o espantoso é que evolui. Tem actualmente a 5ª economia mais próspera do mundo, o que é um feito desconcertante face a uma tal desordem crónica. Se os Italianos tivessem a ética de trsbalho dos Japoneses, podiam ser senhores do mundo. Graças a Deus, não têm. Estão demasiado ocupados a despender as suas energias consideráveis nas minúcias prazenteiras do dia a dia - com as crianças, como a boa comida, a discutir nos cafés - o que na verdade é o melhor a fazer.

A Estação Central de Roma, «era, como a maioria dos lugares públicos na Itália, uma casa de loucos. Os clientes gesticulavam descontroladamente em cada bilheteira. Não pareciam tanto estar a comprar bilhetes como a descarregarem os seua problemas (...). É espantosa a quantidade de emoção que os Italianos investem na mais simples das transacções.(...) Uma série de gente à minha frente arrancava os cabelos e bramia, acabando por obter um bilhete e afastando-se subitamente feliz.»

«A cidade de Capri era bonita, um lugarzinho infinitamente encantador de villas, pequenos pomares de limoeiros e vastos panoramas sobre a baía de Nápoles e do Vesúvio.»

in Nem Aqui Nem Ali.

domingo, 2 de março de 2008

Viena - A Intensa



Mais um caso de desilusão pois, a par de Praga, era a cidade para a qual tinha mais espectativas. Mas, definitivamente, as mais conhecidas não são as minha favoritas.
Demasiado intensa, cheia de carros por todo o lado, algo cinzenta. No entanto, foi também percorrida numa tarde, o que não contribui muito para o conhecimento de uma cidade.

O parque principal, bem no centro.


É a maior cidade da Austria e o seu centro cultural, económico e político. É a 10ª cidade mais populosa da União Europeia e distingue-se por ser considerada a 3ª melhor em qualidade de vida.

História

Fundada cerca de 500 A.C., Viena foi originalmente um posto Celta. Em 15 A.C., tornou-se uma cidade de fronteira Romana ("Vindobona") guardando o Império Romano contra as tribos germânicas do norte.

Em 1804, Viena tornou-se a capital do Império Austríaco, tornando-se importante nas políticas europeias e mundiais e recebendo o Congresso de Viena em 1815. Depois do compromisso Austro-Húngaro em 1867, Viena manteve-se a capital mas agora do Império Austro-Húngaro.

Em 1918, depois da 1ª Guerra Mundial, Viena tornou-se capital da Primeira República Austríaca.

Em 1945, a Ofensiva Vienense pelos Soviéticos reconquistou a cidade aos Alemães invasores após duas semanas de confrontos. Depois de 1945, Viena tornou-se a capital da Áustria.